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Entenda os riscos do cigarro eletrônico

6/05/25 | Blog

Os cigarros eletrônicos, também chamados de vapes, tornaram-se populares entre jovens e adultos, frequentemente sob a falsa ideia de que representam uma opção mais segura em relação ao cigarro tradicional. No entanto, os riscos do cigarro eletrônico vão muito além do que se imagina, comprometendo a saúde respiratória, cardiovascular e até mesmo a saúde mental dos usuários.

Neste artigo, vamos esclarecer as diferenças entre o cigarro eletrônico e o convencional e apontar os principais riscos associados ao seu consumo. Continue lendo para saber mais.

Diferença entre o cigarro eletrônico e o convencional

Os cigarros eletrônicos surgiram com a falsa promessa de simular a experiência de fumar um cigarro tradicional, porém com riscos reduzidos. Embora não utilizem a queima do tabaco, esses dispositivos funcionam por meio de um líquido que, ao ser aquecido, gera um vapor inalado pelo usuário. Esse líquido – conhecido como e-líquido ou juice – pode conter nicotina, aromatizantes artificiais e outras substâncias químicas potencialmente tóxicas.

Engana-se quem acredita que o vapor gerado por esses aparelhos é inofensivo ou composto apenas por “água com sabor”. Na verdade, trata-se de uma mistura de solventes e aditivos que, ao serem aquecidos, podem liberar compostos prejudiciais à saúde. Entre as substâncias encontradas em alguns modelos, estão formaldeído, acroleína, metais pesados e compostos orgânicos voláteis – todos com potencial para causar danos significativos ao organismo.

Apesar desses perigos, a ausência de tabaco e o apelo dos sabores agradáveis acabam mascarando os riscos do cigarro eletrônico, especialmente entre os mais jovens. Esse cenário contribui para a falsa sensação de segurança e favorece o aumento do consumo.

Quais os riscos do cigarro eletrônico para a saúde?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que os riscos do cigarro eletrônico devem ser considerados equivalentes aos do tabagismo tradicional. Segundo o órgão, o uso contínuo desses dispositivos pode favorecer o desenvolvimento de diferentes tipos de câncer, como:

  • Câncer de pulmão, traqueia e brônquios;
  • Leucemia mieloide aguda;
  • Câncer de bexiga, fígado e pâncreas;
  • Câncer de esôfago, estômago, cólon e reto;
  • Câncer de colo do útero;
  • Câncer de laringe, cavidade oral e faringe;
  • Câncer de rim e ureter.

Além do risco cancerígeno, os danos se estendem a outras áreas do organismo, como os sistemas respiratório e cardiovascular, além de criar dependência, podendo afetar o emocional dos usuários.

Riscos do cigarro eletrônico para a saúde pulmonar

Os efeitos do cigarro eletrônico sobre os pulmões são preocupantes. Seu uso contínuo tem sido associado a condições como bronquite, inflamação pulmonar e até mesmo pneumonias graves. No caso de produtos alterados, as substâncias presentes nos líquidos vaporizados, como formaldeído e acroleína, podem levar a lesões agudas.

Um exemplo é a condição chamada EVALI (lesão pulmonar associada ao uso de produtos de vaping), que foi monitorada pela primeira vez nos Estados Unidos pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em 2019. Os sintomas incluem tosse, falta de ar, dor no peito e febre – manifestações que, muitas vezes, são confundidas com as da Covid-19.

Além disso, o vapor liberado pelos vapes contém partículas ultrafinas que conseguem penetrar profundamente nos pulmões, agravando quadros respiratórios pré-existentes e comprometendo a função pulmonar ao longo do tempo.

Riscos do cigarro eletrônico para a saúde cardiovascular

O impacto dos cigarros eletrônicos no coração é igualmente grave. O uso desses dispositivos pode provocar aumento da pressão arterial, alterações no ritmo cardíaco – favorecendo arritmias – e inflamações nos vasos sanguíneos.

A exposição contínua a substâncias como nicotina e acroleína pode favorecer o estreitamento e a formação de placas de gordura nas artérias (aterosclerose), elevando significativamente o risco de doenças cardíacas, infartos e AVCs (Acidente Vascular Cerebral).

É importante destacar que os efeitos cardiovasculares não dependem apenas do tempo de uso, mas também da frequência e da concentração de nicotina, que costuma ser elevada em muitos líquidos vendidos no mercado.

Riscos do cigarro eletrônico para o bem-estar e saúde mental

Outro ponto de atenção está na relação entre os riscos do cigarro eletrônico e o bem-estar mental. A nicotina, substância psicoativa presente na maioria dos vapes, afeta o sistema nervoso central, provocando alterações de humor, ansiedade e irritabilidade.

Em adolescentes, os efeitos são ainda mais preocupantes, pois o cérebro está em desenvolvimento. A exposição à nicotina pode interferir no processo de maturação cerebral, afetando habilidades cognitivas, controle emocional e contribuindo para o surgimento de distúrbios psicológicos.

Além disso, a dependência causada pela nicotina pode comprometer o rendimento profissional e acadêmico, os relacionamentos sociais e a saúde emocional dos usuários.

Cigarro eletrônico pode causar dependência?

A nicotina presente nos líquidos é altamente viciante, podendo gerar dependência em pouco tempo de uso. Os sintomas da abstinência incluem irritabilidade, insônia, dificuldade de concentração, aumento da ansiedade e compulsão por fumar. Esses sinais comprometem a qualidade de vida e tornam o processo de abandono do vape mais difícil.

Apesar de muitas vezes vendidos como uma solução para parar de fumar, os cigarros eletrônicos têm eficácia questionável na cessação do tabagismo e podem até mesmo estimular o início do uso do cigarro convencional, especialmente entre os jovens.

Como se livrar do vício em cigarro eletrônico?

Abandonar o cigarro eletrônico é um desafio que, algumas vezes, pode exigir suporte profissional, principalmente nos casos em que há dependência estabelecida. Nisso, tratamentos combinados com medicação e acompanhamento psicológico podem aumentar significativamente as chances de sucesso.

Caso você ou alguém próximo esteja enfrentando sintomas como tosse persistente, dor no peito ou falta de ar, é fundamental procurar um pneumologista ou especialista em medicina respiratória para diagnosticar uma possível doença pulmonar devido ao seu uso. Além disso, o apoio psicológico é interessante para lidar com os impactos emocionais da abstinência e criar estratégias mais saudáveis de enfrentamento.

No Instituto Somed, contamos com uma equipe multidisciplinar especializada em saúde respiratória, pronta para oferecer o suporte necessário para quem deseja abandonar o cigarro eletrônico e recuperar sua qualidade de vida. Agende uma consulta na Somed e comece a cuidar da sua saúde e qualidade de vida.

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