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Teste de broncoprovocação: como é feito e para que serve o exame

by | 24/05/23 | Pneumologia

O teste de broncoprovocação consiste na realização de exames em série de espirometria após a inalação de doses crescentes de uma substância específica, seguindo protocolos já previamente estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e American Thoracic Society. O teste é utilizado para avaliar a função pulmonar e diagnosticar doenças respiratórias, como a asma, e também verificar como os brônquios do paciente respondem a estímulos específicos que podem desencadear a constrição das vias aéreas.

Abaixo entenda mais sobre o objetivo do teste, como é feito, preparação e contraindicações:

Objetivo do teste de broncoprovocação

O objetivo do teste é avaliar a hiperresponsividade brônquica, ou seja, a sensibilidade excessiva das vias aéreas. A hiperresponsividade brônquica é uma das características da asma, porém não é específica desta doença. Pode ocorrer em outras situações, como em estados infecciosos e após exposição ambiental a determinados alérgenos (agentes capazes de produzir alergias).

As principais indicações deste teste são para investigação de tosse crônica ou suspeita de asma, além disso, também pode ser indicada para alguns casos de investigação de dispneia (falta de ar), entre outras doenças respiratórias.

Como o teste de broncoprovocação é feito

 O teste de broncoprovocação é geralmente realizado em um consultório médico ou em um laboratório especializado em função pulmonar. Durante o teste, o paciente é exposto a um estímulo que pode desencadear a constrição das vias aéreas, como metacolina, histamina, exercício físico ou exposição a alérgenos. 

O exame é capaz de detectar alterações nos valores resultantes após as inalações, porém não é a intenção do teste causar crise de asma, logo o exame é supervisionado e isso não ocorre. O surgimento de sintomas respiratórios durante o teste é uma complicação rara, sendo rapidamente revertido espontaneamente ou com o uso de substâncias broncodilatadoras.

Durante o teste, a função pulmonar do paciente é monitorada usando um espirômetro. São registrados parâmetros como o volume e o fluxo de ar para avaliar a resposta das vias aéreas ao estímulo.

Os resultados do teste de broncoprovocação são interpretados com base nas alterações observadas na função pulmonar do paciente. Se houver uma resposta significativa, como uma redução no fluxo de ar ou uma queda no volume expiratório forçado (VEF1), isso indica hiperresponsividade brônquica e pode ser sugestivo de asma ou outras doenças respiratórias.

Preparação prévia para o teste

Antes de realizar o teste de broncoprovocação, o paciente pode precisar seguir algumas orientações, como evitar o uso de medicamentos broncodilatadores de ação prolongada por um determinado período de tempo. É importante discutir com o médico responsável sobre qualquer preparação específica necessária antes do exame.

Contraindicações

Existem algumas contraindicações relativas e absolutas para a realização do teste de broncoprovocação. As contraindicações absolutas são situações em que o teste não deve ser realizado devido a riscos significativos para a saúde do paciente. Já as contraindicações relativas são condições em que o teste pode ser realizado com precauções adicionais ou avaliação cuidadosa dos benefícios e riscos.

Aqui estão algumas contraindicações comuns para o teste de broncoprovocação:

Contraindicações absolutas

  • Se o paciente estiver passando por uma crise aguda de asma ou apresentar sintomas respiratórios graves, o teste de broncoprovocação pode ser contraindicado até que a condição esteja sob controle.
  • Pacientes com doença cardiovascular instável, como infarto recente do miocárdio, angina instável ou arritmias cardíacas graves, não devem realizar o teste, pois o esforço físico envolvido no teste pode representar um risco adicional.
  • Durante a gravidez, é preferível evitar testes invasivos ou que envolvam exposição a estímulos potencialmente prejudiciais. Nesses casos, a realização do teste de broncoprovocação deve ser cuidadosamente avaliada em relação aos riscos e benefícios para a mãe e o feto.

Contraindicações relativas

  • Em pacientes idosos, pode haver uma menor tolerância aos estímulos broncoprovocativos ou uma maior suscetibilidade a efeitos colaterais do teste. Nesses casos, a avaliação individualizada é essencial.
  • Pacientes com doenças pulmonares crônicas avançadas, como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) grave, ou doenças cardiovasculares significativas podem exigir precauções adicionais durante o teste, considerando os riscos e benefícios envolvidos.

É importante ressaltar que as contraindicações podem variar dependendo do protocolo de teste específico e da avaliação clínica individual do paciente. O médico responsável pelo paciente poderá determinar se o teste de broncoprovocação é apropriado e seguro com base na condição clínica geral, histórico médico e outros fatores relevantes.

Por fim, o teste de broncoprovocação deve ser realizado sob a supervisão de profissionais de saúde qualificados. Apenas eles poderão avaliar a necessidade do teste, bem como fornecer informações detalhadas sobre o procedimento, possíveis riscos e resultados esperados.


Na Somed, a substância utilizada no teste é a metacolina, que é segura e rapidamente eliminada pelo organismo. Entre em contato conosco e agende sua consulta.

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