De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 30% da população brasileira sofre de rinite, uma condição frequentemente associada às alergias sazonais. Essas reações exageradas do sistema imunológico acontecem em resposta a substâncias presentes no ambiente em determinadas épocas do ano.
Na primavera e no outono, o aumento na circulação de alérgenos como pólen e mofo torna esses períodos especialmente desafiadores para quem sofre com rinite e outros problemas respiratórios. Os sintomas podem variar de espirros incessantes e coceira no nariz a crises mais graves, comprometendo a qualidade de vida.
Compreender os gatilhos dessas reações e buscar um diagnóstico preciso, como veremos ao longo deste artigo, é essencial para adotar medidas preventivas e garantir um tratamento eficaz. Continue a leitura para saber mais!
O que são as alergias sazonais?
Também chamada de rinite alérgica sazonal ou febre do feno, a alergia sazonal ocorre quando o organismo reage de forma exagerada ao entrar em contato com agentes alérgenos em determinadas épocas do ano.
O pólen das árvores, gramíneas e ervas é um dos principais responsáveis por desencadear essa condição, especialmente durante suas épocas de maior dispersão no ar. Além disso, fatores como mofo, ácaros e mudanças bruscas de temperatura podem intensificar os sintomas.
A primavera é frequentemente associada às alergias sazonais devido à grande liberação de pólen pelas plantas. No verão, gramíneas como azevém e capim-timothy predominam como gatilhos. Já no outono, ervas como a ambrósia costumam desencadear crises alérgicas. Durante o inverno, o tempo prolongado em ambientes fechados aumenta a exposição a mofo e ácaros, agravando os sintomas.
Independentemente da estação, a intensidade das reações varia conforme a sensibilidade do organismo e a concentração de alérgenos no ar. Pessoas com histórico de alergias ou doenças respiratórias, como asma, tendem a ser mais vulneráveis às mudanças sazonais.
Quais os sintomas das alergias sazonais?
Os sintomas das alergias sazonais podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:
- Coceira no nariz, olhos e garganta;
- Espirros frequentes;
- Coriza;
- Lacrimejamento;
- Sensação de nariz entupido.
Algumas pessoas também apresentam tosse seca, cansaço excessivo e dificuldade para respirar, especialmente quando há associação com a asma. Em casos mais graves, os sintomas podem interferir na qualidade do sono e no desempenho das atividades diárias, causando fadiga e irritabilidade.
Além disso, a exposição prolongada aos alérgenos pode desencadear quadros inflamatórios mais complexos, levando ao desenvolvimento de infecções secundárias e piora das condições respiratórias preexistentes, conforme você verá a seguir.
Doenças respiratórias relacionadas às alergias sazonais
Como foi mencionado anteriormente, as alergias sazonais não se limitam a causar desconfortos no nariz e nos olhos. Para muitas pessoas, elas também podem desencadear ou agravar doenças respiratórias, afetando diretamente a qualidade de vida. A exposição contínua a alérgenos como pólen, mofo e ácaros intensifica esses sintomas, tornando o acompanhamento médico essencial. A seguir, conheça algumas das principais doenças respiratórias relacionadas às alergias sazonais.
Rinite alérgica
Entre as doenças associadas às alergias sazonais, a rinite alérgica é uma das mais comuns. Seus sintomas incluem espirros frequentes, congestão nasal, coriza e, em alguns casos, conjuntivite alérgica. Essa condição é desencadeada principalmente pela exposição ao pólen e outros alérgenos vegetais que variam conforme a estação do ano.
Asma
A asma alérgica é uma condição que leva à inflamação dos brônquios, e, embora suas causas não sejam bem definidas, provavelmente estão associadas a fatores genéticos e ambientais combinados.
Desse modo, durante as estações de maior concentração de pólen, por exemplo, pessoas asmáticas podem ter crises mais frequentes, caracterizadas por chiado no peito, falta de ar e tosse persistente. O controle da exposição aos gatilhos e o uso adequado de medicação são fundamentais para evitar complicações.
Como funciona o diagnóstico e o tratamento das alergias sazonais
O diagnóstico e o tratamento das alergias sazonais envolvem uma combinação de avaliação médica e abordagens terapêuticas para controle eficaz dos sintomas. A seguir, veja como são realizados esses processos.
Diagnóstico das alergias sazonais
O diagnóstico das alergias sazonais é feito por meio da avaliação clínica e da observação da recorrência dos sintomas em determinadas épocas do ano. Para confirmar a sensibilidade a alérgenos específicos, o médico pode solicitar exames como o teste cutâneo e/ou exames de sangue.
O teste cutâneo, conhecido como Skin Prick Test, consiste na aplicação de pequenas quantidades de alérgenos na pele para observar possíveis reações alérgicas. Já o exame de sangue avalia a presença de anticorpos IgE, responsáveis pelas respostas alérgicas do organismo.
Em casos mais raros, pode ser necessário realizar um teste de provocação nasal, que expõe o paciente a pequenas quantidades do alérgeno suspeito para avaliar a resposta respiratória.
Tratamento das alergias sazonais
O tratamento das alergias sazonais envolve tanto medidas preventivas quanto o uso de medicamentos para aliviar os sintomas. O primeiro passo é minimizar a exposição aos alérgenos, como manter janelas fechadas durante as estações mais críticas, usar purificadores de ar, evitar o contato com mofo e lavar roupas de cama com frequência para reduzir o acúmulo de ácaros.
No tratamento medicamentoso, anti-histamínicos são eficazes para reduzir as reações alérgicas e aliviar coceira, espirros e coriza. Os corticosteroides nasais são úteis para desinflamar as vias aéreas e reduzir a congestão nasal.
Em casos mais severos, a imunoterapia, ou vacina para alergia, pode ser indicada. A escolha do tratamento ideal depende da avaliação médica, levando em consideração a intensidade e a frequência dos sintomas, bem como as condições respiratórias associadas.
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