OTORRINOLARINGOLOGIA
Rinite
As rinites são doenças inflamatórias crônicas da mucosa nasal, que produzem sintomas nasais irritativos e obstrução nasal em graus variados. Entre os sintomas irritativos estão:
- Espirros, que podem ocorrer de maneira isolada ou em salvas, normalmente após exposição a agentes irritativos ou mudança brusca de temperatura.
- Prurido nasal ou coceira nasal frequente, podendo estender-se para olhos e ouvidos.
- Hipersecretividade nasal , com secreção normalmente hialina.
- Obstrução nasal, podendo ser uni ou bilateral, constante ou cíclica, normalmente pior à noite ao deitar.
Causas da rinite
A etiologia ou causa das rinites é na maioria das vezes a alergia, sendo a mucosa nasal o órgão alvo de suas manifestações de hipersensibilidade. Porém, existem outros tipos de rinites não alérgicas, com sintomas e manifestações muito semelhantes à rinite alérgica como a rinite vasomotora, rinite eosinofílica não alérgica, rinites virais, medicamentosa, gestacional e outras. A rinite pode ser classificada também em sazonal ou perene. A sazonal ocorre predominantemente em determinada estação do ano, enquanto a perene mantém a intensidade dos sintomas de maneira uniforme durante o ano.
Diagnóstico da rinite
O diagnóstico das rinites é feito através da história clínica e exame físico, auxiliados por exames complementares como endoscopia nasal e testes alérgicos. Estes testes são importantes para identificação de alérgenos que desencadeiam reação inflamatória exacerbada e agravam os sintomas da doença. Podem ser realizados através de testes cutâneos de exposição a alérgenos ou com pesquisa de imunoglobulinas tipo IgE com exames de sangue. O diagnóstico preciso da rinite é fundamental para a escolha do melhor tratamento.
Tratamento da rinite
O tratamento das rinites deve aliar medidas ambientais com tratamento medicamentoso e em algumas situações podem ser utilizados recursos cirúrgicos em caso de falha terapêutica. As medidas ambientais consistem em afastar alérgenos como esporos de fungos, ácaros, pólen e outros, assim como substâncias irritativas como produtos de limpeza e substâncias químicas em geral. Atenção especial deve ser dispensada ao dormitório do paciente, onde ele pode ficar exposto por longos períodos a substâncias alérgenas, devendo ser arejado, ensolarado e livre de peças de roupa ou brinquedos de pelúcia que acumulem poeira e ácaros.
O tratamento medicamentoso consiste no uso de medicação tópica nasal e sistêmica, devendo ser utilizada para abortar crises de rinite, mas também de maneira prolongada para realizar manutenção terapêutica e manter o paciente livre de sintomas pelo período de tempo mais longo possível. O tratamento cirúrgico consiste em cirurgia nasal para redução dos cornetos inferiores do nariz, órgão efetor dos sintomas da rinite. É reservado a casos severos de resposta fraca ao tratamento clínico.
Sinusite
A sinusite, também chamada de rinossinusite, é a inflamação e infecção das cavidades paranasais. A sinusite provoca sintomas como dor de cabeça, secreção nasal purulenta, dor nos dentes superiores, obstrução nasal, tosse e alterações do olfato. A sinusite pode ser classificada em aguda ou crônica, sendo que a sinusite aguda é aquela em que a permanência dos sintomas limita-se a doze semanas.
Sinusite aguda
A sinusite aguda geralmente é precedida por um episódio de infecção viral das vias aéreas
superiores, como resfriados comuns. A persistência dos sintomas nasais por mais de 5 a 7 dias é fortemente indicativo de evolução para rinossinusite aguda bacteriana. Normalmente, a sinusite aguda evolui bem após iniciado o tratamento, porém em alguns casos podem ocorrer complicações como infecções da órbita, pálpebras e até mesmo meningite. O tratamento da sinusite aguda é feito com antibióticos, irrigação nasal com soro fisiológico e anti-inflamatórios sistêmicos e tópicos.
Sinusite crônica
A sinusite crônica ocorre quando há persistência dos sintomas por mais de doze semanas. Pode apresentar ocorrência constante dos sintomas ou apresentar flutuação, com períodos de acalmia e posterior recidiva, caracterizando um padrão bifásico. Na sinusite crônica ocorre uma persistência da inflamação da mucosa do nariz e cavidades paranasais, com intensa infiltração de células inflamatórias como neutrófilos e eosinófilos. Diversos fatores contribuem para a instalação da sinusite crônica, como a anatomia dos canais de drenagem dos seios paranasais, a qualidade do muco nasal, a função dos cílios da mucosa que drenam essa secreção e infecções crônicas bacterianas e fúngicas que perpetuam o estímulo inflamatório. Existe ainda um tipo de sinusite crônica que se apresenta com a formação de pólipos, ou seja, tumorações inflamatórias que obstruem de maneira severa a respiração e a drenagem dos seios paranasais.
Existem três fatores fundamentais da fisiologia nasal que podem estar alterados nos pacientes com rinossinusite crônica: a anatomia de drenagem dos seios paranasais, a qualidade do muco nasal e a função dos cílios da mucosa responsáveis pelo transporte do muco.
Diagnóstico
O diagnóstico das sinusites é feito através da história clínica e exame físico, associado à endoscopia nasal, que fornece informações fundamentais principalmente nos casos de sinusite crônica. Os exames de imagem também fazem parte do processo de diagnóstico, sendo que o método preferencial é a tomografia computadorizada, por permitir grande detalhamento das estruturas anatômicas e das condições inflamatórias dos seios paranasais.
Tratamento
O tratamento da sinusite, tanto a aguda quanto a crônica, é feito com antibióticos, anti-inflamatórios sistêmicos e tópicos e irrigação nasal com soro fisiológico.
No caso da sinusite crônica, porém, o tratamento cirúrgico é indicado com maior frequência a fim de melhorar a drenagem e ventilação dos seios paranasais, assim como realizar a remoção de pólipos nasais. A cirurgia deverá ser realizada em ambiente de centro cirúrgico e necessita cuidados pós-operatórios por parte do paciente e do médico cirurgião para que o resultado seja o melhor possível. O tratamento da sinusite crônica é longo, demanda dedicação do paciente e do médico.














Tratamentos
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